De acordo com uma pesquisa realizada pela organização britânica Internet Matters, em 2017, 48% das crianças de 6 anos fazem uso de tecnologias. Entre elas, 41% acessam sem nenhuma supervisão dos pais. O excesso de liberdade pode ser um problema. Crianças não estão preparadas para fazerem escolhas totalmente conscientes e construtivas. Cabe aos adultos (pais e responsáveis) o cuidado com os conteúdos a que as crianças são expostas.
Hoje, a internet é usada também para estudos, como o Mindzup, onde seu filho aprende enquanto se diverte. Quando usada para entretenimento, os conteúdos, ainda assim, podem ser relevante. O ideal é que elas os consumam de acordo com sua faixa etária e, principalmente, em torno de assuntos que agreguem valores.
Apesar de haver uma quantidade infinita de conteúdos a serem consumidos, as crianças não devem se acomodar com apenas receberem informações prontas, mas devem ser estimuladas a criarem. É preciso fomentar uma cultura em que não são passivas com relação a tudo que veem pela internet ou fora dela. Estimule seu filho a fazer pesquisas a partir de suas próprias dúvidas e a criar materiais próprios.
Estabelecer limites tanto para a quantidade de tempo quanto para os momentos adequados é importante. Quanto menor for a idade da criança, maior é a responsabilidade de estipular prazos de tempo bem delimitados. Além disso, os filhos precisam entender que nem todos os momentos são ideais.
Infelizmente, as crianças estão crescendo em uma cultura em que é comum evitar as conexões reais, dando preferência às virtuais. Por isso, elas precisam ser guiadas para esquecer o celular quando estão com os amigos, ou ao receberem visitas ou durante os períodos em família.
Também é importante sair com as crianças, desde a infância até a adolescência, quando tende a se afastar mais. Passeios ao ar livre, prática de esportes ou qualquer programação “desconectada” reforça a importância do momento presente e das relações humanas.
Um dos maiores medos dos pais é a rapidez com que se propagam desafios perigosos e que podem colocar a vida das crianças e adolescentes em risco. Seja para se provar, seja para evitar bullying, os filhos podem acabar participando desses jogos. Na maioria das vezes, os pais sequer fazem ideia de que isso esteja acontecendo.
Outra prática para se atentar é o cyberbullying, que é um tipo de violência virtual. As crianças podem tanto sofrer quanto praticar hostilidades capazes de causar muitos danos emocionais. Portanto, esteja sempre atento. Alguns sinais de alerta são: passam muito tempo isolados usando a internet; começam a compartilhar conteúdos misteriosos e estranhos nas redes sociais; mudam o comportamento repentinamente; insistem em compras incomuns e de sites desconhecidos; evitam que os pais saibam o que estão fazendo.
Apesar de seu filho ter direito à privacidade, nada deve ser escondido dos pais com relação ao uso da internet durante a infância. Já durante a adolescência, os limites diminuem. Ainda assim, sempre vale a análise de comportamento e conversas frequentes que ajudam a entendê-los melhor.
Por fim, precisamos ter em mente que a internet não deve ser evitada. Isso poderia gerar comportamentos opostos, como rebeldia, ou então estimular o acesso escondido. A liberdade com controle e acompanhamento é o caminho ideal para que seu filho aprenda a usá-la da forma correta.
Nélio Sales – Marketing de Produto | Mind Lab
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